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Como o pole dance pode ajudar a sua autoestima

Atualizado: 2 de mar. de 2022




Há alguns anos frequento academia regularmente. Com a pandemia, consegui manter um ritmo de malhação diária dentro de casa por uns sete meses, depois o trabalho “me engoliu” e deixei de lado a atividade física. Um erro! Quando me dei conta tentei encontrar algumas soluções. Malhar em casa já não mais me seduzia e me rematriculei na academia, no início do ano. Fui uma semana e não consegui mais voltar. O medo de contrair a Covid, mesmo com os cuidados no estabelecimento, era maior. Bom, passaram-se alguns meses e o estresse só aumentava, cortisol nos exames bombando.

Pensei: preciso fazer alguma atividade com poucas pessoas ao meu lado, algo novo para me estimular. E, um dia passando os olhos nas redes sociais, vi um anúncio de pole dance. Por que não? Trabalho com sexualidade e estes giros podem ser um olhar diferente sobre o assunto. Claro, a gente tem aquela ideia da erotização do poledance mostrada nos filmes.

Fui para a aula teste. Poucas pessoas, janelas abertas, cada uma distante no seu poste. Me senti segura. E foi tudo uma descoberta para mim. Mulheres lindas, prontas para se descobrirem, mexendo a pelve, rebolando, girando e o mais importante…se divertindo!

Cada uma no gingado ou falta de gingado, cada uma olhando para o seu corpo no espelho. Uma diversidade de formas: mulheres malhadas, flácidas, magras, gordas, baixas, altas. E cada uma se admirando, observando sua sensualidade, o que era capaz de fazer ali na aula e o que podia melhorar. Foi lindo! Saí com a energia renovada, com disposição.

Desde então, há dois meses, faço aulas semanais. Já digo aqui que é desafiador girar, subir, dançar, travar no tempo certo. Mas até quando dá errado, é divertido. Você sai cansada fisicamente porque é um esforço garantido, mas o fato de mexer o corpo, olhar pra sua silhueta, ver o quanto você pode ser sensual naturalmente, isso é mágico.

Quantas aqui de vocês se olham no espelho com pouca roupa, sem julgamento? O fato de estarmos num grupo ali na aula, cada uma com sua beleza, traz uma segurança, uma certa identificação de estarmos indo para o mesmo caminho: o da autoaceitação, do autoconhecimento. Existem homens nas aulas. Poucos, mas existem. Mas este texto foco nas mulheres porque é a experiência que vivo no estúdio onde pratico.

Rebolar, mexer a pelve, jogar o cabelo, começar a fazer curvas com seu corpo que você jamais faria na sua casa, cair e levantar, ficar feliz quando você consegue uma manobra, rir quando você faz tudo torto é de uma leveza indescritível.

Sem perceber, você está desbloqueando seus chakras e ativando sua kundalini, a energia vital que nos move e, por isso, a sensação de renovação pós-aula. O pole dance se tornou uma terapia, uma aula de autoestima para mim. E tenho certeza que muitas outras pessoas que se aventuram nos giros sensuais desta prática sentem o mesmo.

Faça uma aula teste. E sinta você mesma! LEIA MAIS:


Texto originalmente publicado para o site da Vogue Brasil.

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