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Orgulho e Resistências: LGBT na Ditadura

Atualizado: 4 de mar. de 2022


Mostra faz um recorte sobre as relações entre autoritarismo e diversidade sexual e de gênero. (Foto Vania Toledo).



Com a entrada da Fase Verde, em São Paulo, mais estabelecimentos foram autorizados a reabrir - respeitando, claro, as normas referentes à pandemia - e museus estão nesta lista. Entre eles, o Memorial da Resistência de São Paulo que, desde o dia 15, está com a exposição Orgulho e Resistências: LGBT na ditadura. A mostra, realizada em parceria com o Museu da Diversidade Sexual, sob a curadoria de Renan Quinalha, faz um recorte sobre as relações entre autoritarismo e diversidade sexual e de gênero.

O público terá aceso a obras literárias, cartazes de peças de teatro, músicas, filmes, fotografias e materiais que confrontavam a censura na época, além de documentos oficiais da ditadura. Dentre os destaques estão fotografias de Vânia Toledo e um desenho inédito da cartunista Laerte Coutinho no tocante a pluralidade de gêneros.

Nas décadas de 60 e 70, a resistência também é demonstrada no âmbito cultural, com o surgimento de uma arte considerada transgressora e de contracultura. Para a mostra, uma das referências é o grupo Secos e Molhados que tinha como vocalista o Ney Matogrosso, de aparência andrógina, e que por meio da mídia chegava a inúmeras casas brasileiras, numa clara referência a pluralidade de gêneros.


Ato 1 de maio de 1980.

Orgulho e Resistências: LGBT na ditadura contextualiza também o surgimento de um movimento LGBT mais organizado a partir de 1978. O visitante terá acesso a imagens de atos de rua e capas de publicações das imprensas alternativa que abordavam o assunto.

Por fim, a exposição faz um paralelo ao demonstrar que mesmo com a constituição de um movimento mais organizado no fim da década de 70, muitas das reivindicações históricas do Movimento LGBT foram conquistadas bem recentemente, como a união estável e casamento homoafetivos (2011), mudança de prenome e sexo nos registros de pessoas trans (2018) e criminalização da LGBTfobia (2019).

A visitação é gratuita, mas é necessário reservar a data e horário pelo site do Memorial . A instituição também funcionará em horário reduzido, das 12h às 18h, de quarta a segunda. LEIA MAIS:


Texto originalmente publicado para o site da Vogue Brasil.


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