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O BDSM na TV

Atualizado: 2 de mar. de 2022



Vamos desmitificar um pouco esse assunto? Bom, para começo de conversa, já falaremos sobre a sigla BDSM. Nada mais é que um conjunto de práticas envolvendo Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo.

Agora, sim, vamos para a TV. Ao longo dos anos as produções começaram a colocar o BDSM em algumas cenas ou situações. A última aparição foi com o personagem de Gabriel Braga Nunes, em Verdades Secretas 2, adepto desta prática sexual se mostrando o dominador da situação. Há cenas em que ele é chamado, de forma descriminatória, de “maluco” ou que “tem um gosto estranho” pelos amigos. Nada disso: é apenas como a pessoa sente o prazer. No caso do personagem ele é o dominador e usa de algemas, chicotes para domar as suas submissas.


Os termos sadismo e masoquismo são uma espécie de homenagem a dois escritores: o filósofo francês Marquês de Sade e o jornalista austríaco Leopold von Sacher-Masoch. O primeiro, por conta de suas obras eróticas com histórias de mulheres torturadas por prazer, passou grande parte da vida preso. O segundo teve entre suas obras, um personagem que atinge o orgasmo ao ser espancado e humilhado pelo amante da esposa. Mas ambos não são os precursores do BDSM. Não há um consenso sobre a origem exata das práticas BDSM, mas se sabe que práticas semelhantes já existiam há muitos séculos. Desde a Grécia Antiga até o Kama Sutra há referências de sadomasoquismo e dominação e submissão eróticas.

No BDSM, existem as chamadas palavras de segurança (mostradas na novela), que são códigos para os dominadores não passarem do limite de prazer dos submissos, já que muitas vezes eles são submetidos à extrema dor. Amarelo significa "continue, mas um pouco mais leve" e Vermelho é "pare agora". Cada casal, no entanto, pode criar suas palavras de segurança. E detalhe: durante a dinâmica, estes códigos viram leis.


Há quem faz o papel de dominador ou submisso, dependendo da ocasião. O chamado “switch” (troca). Há quem sempre está na mesma posição. E há quem vive o 24x7, ou seja, o tempo todo, até mesmo fora da cama, em uma das funções com a parceria. Há os adeptos esporádicos que, de vez em quando, usam de algumas práticas para sair da rotina e, por fim, os famosos “baunilhas”, o que não fazem ou nunca fizeram nada relacionado a este universo. E você? É baunilha ou da turma do BDSM?


Significados de BDSM

Bondage A arte de amarrar pessoas, seja pela estética, pela restrição ou pelo prazer erótico. Materiais: cordas, algemas, correntes ou grilhões.

Disciplina Disciplinar ou ser disciplinado por uma pessoa para os mais diversos fins. Pode ser através de humilhações, tapas, espancamentos ou impedir a pessoa de colocar a roupa que mais gosta ou proibir de beber um drinque ao sair.

Dominação e submissão É uma dinâmica de relacionamento onde uma pessoa se submete à outra, que toma o controle da situação. É o caso de alguém que permite que outra pessoa o amarre, humilhe, espanque e mande fazer coisas, por objetivos sexuais ou não.

Sadismo É quando uma pessoa sente prazer em provocar dor em uma outra pessoa.

Masoquismo É o oposto de sadismo: é quando alguém gosta de sentir dor.


Algumas práticas de BDSM

Pet Play Quando o submisso se comporta como um bicho de estimação do dominador. Usam coleiras, comem em vasilhas...

Pony Play É o submisso que assume o papel de um cavalo ou pônei. Usam celas, chicotes, rédeas.

Age Play Quando o submisso interpreta uma criança ou um bebê. Pode ser forçado a usar fralda e chupeta.

Castidade O dominador priva o submisso de qualquer contato sexual. Pode ser feito com o uso de cintos de castidade.

Cock and Ball Torture Causar dor ou desconforto intenso no pênis. Podem ser usados chicotes, prendedores, géis que ardem?

Chuva Dourada É o ato em que o dominador urina em cima de um submisso, em qualquer região do corpo.

Face-sitting É quando o dominador ou dominadora senta no rosto do submisso para obrigá-lo a praticar sexo oral.

Supremacia feminina É onde os praticantes acreditam que as mulheres são líderes naturais dos homens.


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Texto originalmente publicado para o site da Vogue Brasil.

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