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A vida sexual dos jovens brasileiros

Atualizado: 4 de mar. de 2022


Enquanto em outros países, os jovens estão iniciando a vida sexual mais tardiamente, aqui no Brasil o processo parece ir no sentido oposto. Por isso, a educação sexual para os adolescentes se faz tão importante!



Muito falou-se na geração dos Millennials (nascidos entre 1981-1996) composta por jovens menos focados no sexo e diversas pesquisas comprovaram isso ao longo dos anos. Agora é a geração Z que vive a fase teen e começo dos 20 anos. Como eles se relacionam com este tema? Mudou algo de uma geração para a outra? Bom, como já escrevi nesta coluna, uma maior informação sobre a própria sexualidade eles têm através de conteúdo na internet e diversas séries de TV que abordam oficialmente o lado legal e o não tão legal da vida sexual. Isso é uma grande vantagem, pois há uma abertura maior para se conhecer e conhecer o outro e desbravar o mundo da sexualidade de uma forma mais serena e consciente.

Essa maior informação talvez reflita em dados de pesquisas como, por exemplo, as dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Números mostram que a taxa de alunos do ensino médio norte-americano que já fizeram sexo foi de 54,1%, em 1991, para 41,2%, em 2015. De acordo com o estudo The Face Global Sex, conduzido pela Durex em 37 países, indicou em 2012, que no Reino Unido os jovens em media têm sua primeira vez aos 17 anos, Estados Unidos aos 18 e Espanha entre 19 e 20. Já um outro estudo liderado pela Viacom International Media Networks com pessoas de 18 a 24 anos, apontou a taxa de virgindade de 53% nos Estados Unidos e no resto do mundo, de 38%, menos Brasil.

Tantos números, né? Mas eu falei sobre outros países para agora entender um pouco melhor o que acontece no Brasil. Enquanto em outros locais os jovens mostram em pesquisa que estão tendo menos relação ou começando mais tarde, aqui, segundo pesquisas, está o inverso. Os brasileiros têm sua primeira vez por volta dos 17 anos. E entre 18 e 24 anos, 25% dos brasileiros ainda é virgem. Bem abaixo do comparado com números no parágrafo acima (53% nos Estados Unidos e no resto do mundo, 38%).

É difícil dizer o que determina esse comportamento porque geralmente é uma gama de fatores, mas a internet pode ser um deles. A pesquisa Digital, realizada pelas agências We are Social e Hootsuite, mostra que o Brasil é o segundo país entre os 40 avaliados onde se passa mais tempo conectado na internet. Cerca de 9h30, à frente dos Estados Unidos com 6h31, Reino Unido com 5h46 e Espanha fechando com 5h18. Na internet há o estímulo da pornografia e dos chats. Pode sim ser uma fonte de uma iniciação mais precoce.

Mas o que quero ressaltar aqui não é a idade em si e sim a importância da educação sexual para estes jovens que estão iniciando as relações mais cedo. Olhe como é de extrema importância o quanto antes os adolescentes serem informados sobre a própria sexualidade, sobre métodos contraceptivos, sobre a relação sexual em si e todas as delícias e dores que envolvem o tema. Os adolescentes estão cada vez mais expostos há vários estímulos eróticos e a educação se faz essencial neste momento. Não para impedir o início da vida sexual e sim para ele começar uma nova fase da forma mais lúcida possível. Educação sexual é conhecimento para uma vida melhor e mais saudável em todos os sentidos.


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*Texto originalmente publicado para o site da Vogue Brasil.

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