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Diferenças no desejo entre os casais: os tipos e soluções

  • lucianeangelo
  • 20 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de ago.

Quando os desejos sexuais não se alinham, o que fazer? Conheça os diferentes tipos de desajuste de desejo nos relacionamentos e como lidar com eles de forma saudável, sem culpa ou pressão.

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Cada pessoa tem um ritmo para tudo. Desde acordar, até tarefas de trabalho, raciocínio, chegando ao tempo de excitação e desejo na cama. Mas isso pode incomodar quando os casais têm uma resposta ou necessidade muito diferente, principalmente, no momento íntimo. O termo "desire discrepancy" (desajuste de desejo) refere-se à diferença entre o quanto cada pessoa deseja se envolver em atividades sexuais e a frequência real dessa intimidade no relacionamento. Esse desalinhamento pode gerar frustração, inseguranças ou sentimentos de rejeição. E isso é bem frequente entre casais de longa data.

Nomeando os 7 tipos de desajuste:


Desejo espontâneo vs. desejo reativo


Espontâneo: surge repentinamente, sem um estímulo específico, é natural no início dos relacionamentos quando só de um pensar no outro, já entra em estado de excitação.


Reativo: acontece como resposta a estímulos emocionais ou físicos. Aqui a preliminar é essencial ao longo do dia para estimular o lado erótico do outro. 



Desajuste constante


Um parceiro deseja sexo com maior frequência que o outro, de forma persistente. Isso pode levar a ressentimento ou baixa autoestima.



Ciclos de desejo variável


Ambos têm libido flutuante ao longo do relacionamento devido a estresse, saúde, responsabilidades ou idade e nem sempre estão em sintonia.



Desejo sufocado pela rotina ou estigma sociocultural


Especialmente em relações heterossexuais, onde papéis tradicionais (como divisão desigual de tarefas domésticas) podem afetar o desejo feminino. A sobrecarga da mulher dentro das relações, somada ao fato de ter que "estar sempre pronta" para o sexo, afetam de forma negativa a relação.



Desajuste contextual ou situacional


O desejo ocorre apenas em certos momentos ou sob determinadas condições (contexto-dependente). Algo externo precisa acontecer para, assim, ter desejo. Como um sexo pós-briga, sexo em viagem.



Causas médicas ou psicológicas


Condições como distúrbios hormonais, ansiedade, depressão, ou problemas de saúde podem reduzir o desejo em ambos.



Fatores externos como estresse ou expectativas de desempenho


Pressões do dia a dia, exaustão ou preocupação com “desempenho” na cama podem enfraquecer o desejo, especialmente se o sexo for visto como uma obrigação.


Há diversos fatores que contribuem para esse ajuste. E agora explicarei algumas possíveis soluções para aliviar a dinâmica dos casais, neste sentido sexual. Vamos a elas: 


Comunicação aberta e empática: Falar sem culpa: compartilhar sentimentos, necessidades e limites com carinho e sem julgamentos


Reconfigurar o significado do sexo e da intimidade: Em vez de focar apenas no sexo consumado, valorize toques carinhosos, abraços, ou momentos de conexão. São formas de intimidade que fortalecem o vínculo.


Agendar momentos de intimidade: Marcar tempo juntos pode ajudar a reacender o desejo, especialmente em rotinas corridas.


Explorar desejos individuais e comuns: Investigar o que realmente pega o seu interesse sexual (como fantasias, toques diversos, estímulos diferentes) possibilita um “sim” mais autêntico, mesmo quando o corpo está dizendo “não”


Buscar ajuda profissional se necessário: Terapias de casal ou sexoterapia podem oferecer ferramentas neutras e eficazes para trabalhar expectativas, bloqueios ou traumas.


Enxergar o desafio como um problema do casal, não individual: O desajuste é questão de dinâmica, não falha individual. O “não” de um parceiro não é um problema, é parte da conversa que os dois devem construir juntos. *Texto originalmente publicado para o site da Vogue Brasil.


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Luciane Angelo © 2018-2022

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