Prática ainda cheia de tabus nos ajuda a um termos um equilíbrio na saúde.
Dia 28 de maio é considerado o Dia da Masturbação. A data é comemorada desde 1995, em homenagem à médica Joycelyn Elder, então secretária de Saúde dos Estados Unidos. Elder foi demitida por sugerir a inclusão do tema na educação sexual nas escolas. Quase 30 anos depois, o assunto ainda é repleto de tabus, principalmente sobre o prazer feminino, mas o que nem todo mundo sabe é que além do prazer, se masturbar traz inúmeros benefícios à saúde. E precisamos praticar mais! A pesquisa Prazer Feminino, divulgada pela empresa Hibou, em 2023, mostra que 29% das mulheres não se masturbam e ignoram os benefícios dessa prática.
Bom, então citarei benefícios, além do sexual, para termos em mente e colocarmos a masturbação como algo natural e não somente em ocasiões especiais. Se masturbar é conhecer o próprio corpo. Pratique!
Ativa hormônios de bem-estar
O cérebro libera alguns hormônios durante o orgasmo. São eles: dopamina, frequentemente chamada de "hormônio da felicidade"; endorfinas, os analgésicos naturais do corpo; ocitocina, também conhecida como "hormônio do amor", do pertencimento; finalizando com o relaxamento que a serotonina traz. Todos esses hormônios são benéficos para o cérebro e para o corpo de várias maneiras, pois aumentam o bem-estar geral e fazem a manutenção da libido, nossa energia vital.
Aumenta a autoestima
A ocitocina, dita acima, tem um grande impacto na autoestima. Quando liberada, contribui para sentimentos de maior confiança, principalmente em relação à maneira como corpo, mente e emoções são percebidos. Diversos estudos já comprovaram que o orgasmo tem relação direta com a mulher no sentido de se sentir poderosa e criativa após a masturbação. Ou seja, uma autoestima mais equilibrada e positiva.
Alivia a dor
Os orgasmos promovem contrações no canal vaginal e liberam endorfinas durante o clímax. Essas substâncias podem ajudar a reduzir a cólica menstrual. Alguns estudos até descobriram que os orgasmos reduzem efetivamente as enxaquecas e as dores de cabeça. A endorfina, neste caso, age como um analgésico natural.
Reduz o estresse e a ansiedade
A serotonina, liberada durante o orgasmo, traz uma sensação de calma, tranquilidade e relaxamento, permanecendo no corpo por um bom tempo. A ocitocina também faz esse papel de geradora de bem-estar. Além de promover a autoestima, esse hormônio ajuda a reduzir o cortisol, responsável pelo estresse e pela ansiedade.
Ajuda na saúde do cérebro
Estudos descobriram que os orgasmos aumentam o fluxo sanguíneo para várias regiões do cérebro, incluindo a região sensorial, o tronco cerebral e as regiões corticais frontais. Ao estimular o fluxo sanguíneo, os orgasmos fazem com que uma onda de oxigênio inunde o cérebro, dando um impulso saudável do elemento que ele precisa para um funcionamento mais pleno.
*Texto originalmente publicado para o site da Vogue Brasil.
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